quarta-feira, 23 de junho de 2010

Parreira 'se vinga' de Domenech e faz França igualar seu maior vexame em Copas

AFP
Parreira tenta cumprimentar o treinador Domenech após vitória da África do Sul
Carlos Alberto Parreira “deu o troco” na França nesta terça-feira. Embora a África do Sul tenha sido eliminada na primeira fase da Copa do Mundo, a vitória por 2 a 1 dos Bafana Bafana serviu para o treinador amenizar o que aconteceu em 2006, quando os franceses, treinados por Raymod Domenech, eliminaram o Brasil, de Parreira, nas quartas de final da competição.

Pelo visto, a queda dos Bleus abalou o técnico francês. Ele se recusou a cumprimentar Parreira após o final da partida. “Praticamente não teve diálogo algum. Por educação e gentileza, fui cumprimentá-lo. Ele disse alguma coisa, mas não entendi. Disse que eu teria ofendido a equipe dele. Mas eu não me lembro de ter dito nada”, explicou o brasileiro.

Se em 2006 a França chegou à final da Copa com um time liderado por Zinedine Zidane, na África do Sul a equipe em nada lembrou aquela. Em um ambiente conturbado, com uma grave crise interna e várias discussões, o desempenho em campo foi péssimo e lembrou o vexame de 2002.
No Mundial da Coreia do Sul e Japão, a França estava cotada entre as principais seleções favoritas ao título – afinal, era a atual campeã e havia vencido a Eurocopa em 2000. No entanto, o resultado foi desastroso. Com Zidane fora de suas melhores condições (ele se recuperava de uma contusão), os Bleus foram eliminados ainda na primeira fase e sem fazer um gol sequer.
Logo na estreia, a França foi surpreendida por Senegal e perdeu por 1 a 0. Em seguida, a equipe empatou sem gols com o Uruguai. A despedida da Copa se deu de forma melancólica, com uma derrota por 2 a 0 para a Dinamarca. Zidane só entrou em campo contra os dinamarqueses, mas não conseguiu evitar o fiasco.

COPAS DECEPCIONANTES: EM 2002 E 2010

Vitórias: 0

Empates: 1

Derrotas: 2

Gols: 1

Sofridos: 4

Vitórias: 0

Empates: 1

Derrotas: 2

Gols: 0

Sofridos: 3

Já em 2010, os franceses fizeram uma campanha parecida. Na estreia, os Bleus ficaram no 0 a 0 com o Uruguai. No segundo jogo, o México venceu a equipe comandada por Domenech por 2 a 0. Com pequenas chances de classificação, os franceses perderam por 2 a 1 para a África do Sul, em jogo que marcou a despedida do treinador – ele será substituído por Laurent Blanc.
Aliás, a saída de Domenech se dá em meio a incontáveis problemas. O técnico sofreu diversas críticas por escolhas polêmicas em sua lista de convocados (por exemplo, não chamou Karim Benzema e Patrick Vieira) e pela indefinição quanto ao esquema tático da equipe. Além disso, crises de relacionamento entre jogadores e membros da comissão técnica também se tornaram constantes.
“Vou dizer tudo o que passei como capitão do time. A França precisa de uma explicação para esse desastre. Agora não é a hora certa, mas eu vou fazer isso pessoalmente, o mais rápido possível, em uma coletiva de imprensa ou entrevista”, avisou Evra. Pouco para desviar a atenção de uma campanha desastrosa, longe do que se espera de uma campeã mundial.

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